Mestra Margarida Guerreiro
Com profundo pesar, a Secretaria da Cultura do Ceará (Secult) recebeu a notícia do falecimento de Mestra Margarida Guerreiro.
Tesouro Vivo da Cultura do Ceará, Maria Margarida da Conceição dedicou-se à salvaguarda e celebração das manifestações artísticas populares.
Referência de fé e amor às tradições do povo nordestino, escreveu uma história singular como matriarca da cultura Cariri, brincante, cantora, rezadeira, fundadora e guardiã do grupo “As Guerreiras de Joana D’Arc”, reisado formado exclusivamente por mulheres que preserva a herança do canto e dança popular até hoje.
Em 2004, Margarida Guerreiro integrou a primeira turma de mestres reconhecidos como “Tesouros Vivos da Cultura do Estado do Ceará” pela Política dos Mestres da Cultura (Lei 13.351/2003) da Secult Ceará.
Movida pela fé de sua família em Padre Cícero, a alagoana chegou em Juazeiro do Norte na década de 1940. No Cariri conheceu Mestre Amaro e Mestra Agada, com quem começou brincar ainda criança. Aos 15 anos, já liderava o próprio grupo, que desde o início manteve a tradição de ser formado por mulheres.
Única e de inestimável originalidade musical, a tradição de Mestra Margarida é reconhecida por mestres, mestras e brincantes do Cariri. Todos os Guerreiros de Juazeiro do Norte são filhos do seu Guerreiro.
A Secult Ceará, neste momento de tristeza, manifesta sua solidariedade aos amigos e familiares de Mestra Margarida Guerreiro, cuja contribuição cultural e social serão sempre lembrados e celebrados.
